Tesouro Selic ou CDB de Liquidez Diária? Com a expectativa de aumento da taxa Selic na próxima semana, investidores estão avaliando onde aplicar seu dinheiro para obter a melhor rentabilidade com segurança e liquidez. Mas qual delas é mais vantajosa no cenário atual?
O Comitê de Política Monetária (Copom) se reunirá na semana que vem para definir a nova taxa básica de juros da economia. Mas a previsão é que a Selic suba de 13,25% para 14,25% ao ano, podendo até alcançar 15% em um novo ajuste futuro.
Isso significa que investimentos atrelados à Selic, como o Tesouro Selic e alguns CDBs de liquidez diária, podem se tornar ainda mais atrativos, poia sua rentabilidade acompanha o aumento da taxa de juros.
No entanto, cada um desses investimentos possui características próprias que precisamos analisar.
Tesouro Selic: segurança e previsibilidade
O Tesouro Selic, também conhecido como LFT (Letra Financeira do Tesouro), é um título público emitido pelo governo federal, considerado um dos investimentos mais seguros do Brasil.
Ele é indicado para quem busca estabilidade, liquidez, assim como uma rentabilidade alinhada à taxa Selic.
Vantagens do Tesouro Selic:
- Segurança: o investimento tem garantia do governo federal.
- Liquidez diária: é possível resgatá-lo a qualquer momento, mas com possibilidade de variação no preço no caso de venda antes do vencimento.
- Ideal para reservas de emergência: sua previsibilidade e liquidez o tornam uma ótima opção para quem deseja um investimento seguro para situações imprevistas.
Desvantagens:
- Taxas: há cobrança de taxa de custódia da B3 (0,2% ao ano) para investimentos acima de R$ 10 mil.
- Rentabilidade pode ser menor que a de alguns CDBs: dependendo da taxa oferecida por bancos médios, o Tesouro Selic pode render menos.
CDB de liquidez diária: rentabilidade pode ser maior, mas com riscos
O CDB de liquidez diária é um título emitido por bancos que oferece um rendimento diário atrelado ao CDI.
Muitos CDBs pagam 100% ou mais do CDI, o que pode superar a rentabilidade do Tesouro Selic.
Vantagens do CDB de liquidez diária:
- Possibilidade de maior rentabilidade: CDBs de bancos médios podem pagar acima de 105% do CDI, superando o Tesouro Selic.
- Liquidez diária: o dinheiro pode ser resgatado a qualquer momento, mas sem perda de rentabilidade.
- Garantia do FGC: valores de até R$ 250 mil por CPF são protegidos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), reduzindo o risco de calote.
Desvantagens:
- Risco da instituição emissora: bancos médios podem oferecer rendimentos maiores, mas os investidores devem avaliar a solidez da instituição para evitar problemas de crédito.
- Garantia limitada pelo FGC: para valores acima de R$ 250 mil, o Tesouro Selic pode ser mais seguro.
CDB de Liquidez Diária ou Tesouro Selic: o que é importante avaliar antes de aplicar em termos de tributação e custos?
Ambos os investimentos possuem IR e IOF, sendo que a alíquota do IR é regressiva:
- Até 6 meses: 22,5%
- De 6 a 12 meses: 20%
- De 1 a 2 anos: 17,5%
- Acima de 2 anos: 15%
Além disso, o Tesouro Selic possui taxa de custódia da B3 de 0,2% ao ano para valores acima de R$ 10 mil. Em contrapartida, o CDB não possui essa cobrança.
Tesouro Selic ou CDB de Liquidez Diária? Qual escolher?
A decisão entre Tesouro Selic e CDB de liquidez diária depende do perfil do investidor e do valor a se aplicar.
- Para valores menores que R$ 250 mil: o CDB de um banco sólido que pague acima de 100% do CDI pode ter mais vantagens.
- Para valores acima de R$ 250 mil: o Tesouro Selic oferece mais segurança, pois não depende do FGC.
- Para investidores que priorizam simplicidade e previsibilidade: o Tesouro Selic é a escolha mais conservadora e segura.
- Para quem busca maior rentabilidade e aceita um pouco mais de risco: um CDB com boas taxas pode ser a melhor opção.
Sugestão de leitura Plano Notícias:
Livro: Do Mil ao Milhão. Sem cortar o cafezinho, link para compra com desconto na Amazon – https://amzn.to/4iv4fPz
Mas, independentemente da escolha, ambos são excelentes alternativas para quem deseja um investimento seguro e com liquidez diária. Por isso, a decisão deve levar em conta fatores como rentabilidade líquida, segurança e necessidade de resgate.